
Os primeiros habitantes de Castro teriam chegado à região há milhares de anos, deixando no solo marcas de sua presença.
Eram pequenos grupos familiares nômades ou semi-sedentários, com homens, mulheres e crianças, que viviam da caça, pesca e coleta de frutos, sementes, folhas e raízes.
Eles conheciam a mata e a partir dela conseguiam o seu alimento, caçando pequenos e grandes animais, como macacos, veados, antas e onças, pescando nos rios e riachos próximos, ou coletando frutos, raízes, sementes e mel.
E produziam as suas ferramentas, como furadores, raspadores e pontas, por meio do lascamento de rochas, coletando no ambiente aquelas que conseguiriam os melhores resultados, como silex, silexitos e quartzos.
Um grande número de sítios arqueológicos já foi identificado pela arqueologia em Castro e tem nos ajudado a saber um pouco mais sobre como viviam esses povos.
Os mais antigos conhecidos são da tradição cultural arqueológica Bituruna, com suas pontas de flecha em formato de folhas, feitas para abater grandes animais e que teriam vivido na região entre 12 e 8 mil anos atrás.
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Algumas dessas peças podem ser vistas no acervo do Museu do Tropeiro, em Castro.
No Museu, também existem peças da tradição arqueológica umbu. Esses povos teriam vivido entre 9 e 3 mil anos atrás e produziam artefatos líticos pequenos e refinados, entre pontas de lanças e de flechas.
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No acervo do Museu do Tropeiro, também existe uma rica coleção de lâminas de machado, mãos de pilão e pilões - peças características de povos horticultores-ceramistas da tradição cultural arqueológica Tupiguarani e Itararé.
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Os estudos etnológicos também mostram que, entre os séculos XVI à XIX, povos das e etnias Guarani e Kaingang também teriam vivido em castro.
Achados arqueológicos relacionados a períodos mais recentes - o período colonial, em especial, o ciclo do tropeirismo - também são encontrados e estudados pela arqueologia histórica.